Você tem uma cicatriz de algum corte no corpo? Eu já me cortei algumas vezes. Lembro-me de uma ocasião que, quando criança, que eu estava fazendo um trabalho braçal no quintal de casa com um machado (aquele que tem a lâmina de um lado, e do outro duas “orelhas” para tirar pregos), e justamente essa parte de tirar pregos, bateu no meu pé, fez um rasgo (quase cortou os nervos), e eu levei uns pontos ali. Tenho a cicatriz até hoje.

Todo mundo carrega uma cicatriz: na pele, de algum corte, visível. Outros carregam cicatrizes que não estão muito visíveis, mas que são como marcas que continuam incomodando, ou pior ainda, afetando adversamente a pessoa, trazendo consequências físicas e/ou emocionais.

Se você fosse um cirurgião plástico, certamente seria bem pragmático com relação à possiblidade de corrigir uma cicatriz. Isso é feito rotineiramente no mundo todo, todo dia.

Mas o que fazer com essas marcas que não estão expostas na pele, mas estão em algum lugar dentro da pessoa? Como fazer isso tem sido objeto de muitos estudos durante décadas.

Quando uma pessoa tem depressão, ansiedade, dores físicas, tumores, por exemplo, é uma evidência clara de que ela carrega marcas internas de traumas vividos.

Então, a partir daqui convidamos você a olhar para essa questão por um ângulo diferente e, eu diria, revolucionário.

Infelizmente não dá pra fazer uma cirurgia plástica para apagar traumas que a pessoa viveu. Mas dá para fazer algo muito melhor. Quando entendemos onde está registrado o trauma, conseguimos fazer algo extraordinário, conforme falaremos mais à frente nesse artigo.

Primeiro, precisamos responder uma pergunta: os traumas ficam registrados? Se sim, onde?

Para muitos, é óbvio que os traumas ficam registrados. Mas para outros, isso talvez seja uma novidade, ou algo pouco compreendido.

Mas, quando algo será caracterizado como um trauma e ficará registrado?

Quando uma pessoa passa por um acontecimento marcante, isso é registrado. Mas não é qualquer acontecimento. Necessariamente deverá ser um evento, observe bem os três critérios, onde a pessoa se sentiu sozinha, foi dramático e foi inesperado. Do ponto de vista de quem esse evento terá sido dramático, inesperado e vivido em solidão? Do terapeuta? Do amigo? Não! Será do ponto de vista da própria pessoa, do paciente.

Quando um evento assim acontece, infalivelmente, inexoravelmente, ele ficará registrado.

Muitos pensam que quando uma pessoa sofre um evento dessa natureza, aquilo fica somente na sua psique. E isso é um grande equívoco. Não fica somente ali. Tratar um paciente focando apenas em um órgão, ou uma parte do corpo, é um equívoco e pode trazer sérias consequências para o paciente.

Na verdade, além de ficar registrado na mente, na psique, tal evento também ficará registrado no cérebro (parte física, literal) e nos órgãos ou tecidos do corpo.

Percebe? Ao passo que um corte na pele deixa uma evidência visível, um evento tal qual estamos falando acima, deixa marcas, ou mais apropriadamente, REGISTROS, que por óbvio, não estão visíveis tal qual uma cicatriz. Porém, se você aprender as leis que regem esses registros, tudo ficará tão claro como a luz do dia, mesmo sem seu paciente dizer uma palavra sequer.

Agora que sabemos como esses registros acontecem e onde ficam, a pergunta mais importante é: o que fazer com esses registros? Dá para apagá-los?

Muitos estudos sérios da neurociência se debruçaram sobre essa questão, como, por exemplo, os estudos conduzidos pelo neurocientista Eric Richard Kandel.

O conceito mais bem fundamentado até essa data é que não é possível apagar a memória de um trauma. Frustrante, não é mesmo? Quem dera poder apagar os traumas, nossos e dos nossos pacientes!

Mas na verdade isso não é frustrante. Isso abre uma grande oportunidade.

Quando entendemos onde os traumas ficam registrados e que não é possível apagá-los, podemos fazer algo extraordinário.

Primeiro, é importante enfatizar que apagar completamente a memória de um trauma poderia ser até mesmo perigoso, contraproducente. Pense comigo: por que você não coloca a sua mão no fogo? Por que você não coloca o dedo na tomada? Em algum momento da sua vida você se queimou com fogo, ou levou um choque (bem, eu já fiz isso, enfiei um grampo na tomada, quando era criança, e o choque foi terrível. Como pode ver, dei um pouco de trabalho para os meus pais!). Ou você passou por situações que registraram em você um alerta, um perigo iminente. Como estratégia de sobrevivência, hoje você sabe o que deve evitar para não sofrer de novo.

Mas, se ao invés de apagar uma memória, algo muito melhor pudesse ser feito? Lembra onde é feito o registro? Cérebro, mente e órgão/tecido. Seria possível modificar esse registro? Criar um novo registro que se sobreponha àquele?

Sim, isso é possível. E é uma das coisas mais incríveis que existem. Essa é a espinha dorsal, por assim dizer, do método Bioperceptiva.

E o resultado é que aquela pessoa que sofria há anos com questões físicas ou emocionais, poderá ter uma resolução completa e recuperar a alegria de viver.

Criar um novo registro não é algo fantasioso, fictício. A Bioperceptiva atua diretamente nesse ponto, formando o terapeuta a alcançar esse resultado com integridade e profissionalismo, em harmonia com o que há de mais atual no campo das neurociências, neste aspecto. O resultado tem sido pessoas que antes sofriam de depressão, luto patológico, dores musculares, esclerose múltipla, pressão alta, diabetes, só para citar alguns exemplos, agora têm uma auto resolução de 100%.

Cicatrizes na pele podem ser esteticamente solucionadas.

Registros de traumas podem ser cuidados, modificados e sobrepostos por outro registro, positivo e ainda mais forte que o outro, através do método Bioperceptiva.

Algo muito melhor que apagar um trauma